Alvorado


"Nem percebi o passar das horas até a alvorada incendiar o silêncio do meu quarto, invadindo a seda crua rubra empoeirada e refletindo-a em minha palidez. Minha face já desfigurada. Meu corpo inerte transpirava a agonia recente da noite em claro. Eu era todo vestido em panos sujos - mais limpos que eu mesmo, em meus mais gloriosos dias. Era oco e opaco, ser livre encarcerado. A infâmia acompanhava-me, zelosa e guiante, incessante. Diante dos meus olhos, um espelho estilhaçado, e cada um de seus fragmentos espelhava um fracasso meu diferente, os quais eu nunca conquistei..."
(Dimas Gomes)
(Dimas Gomes)
7 Comments:
Eu fico sem ter até o que comentar. Pq sempre são textos que me surpreendem.
Comentário: SEM PALAVRAS.
Abraço.
PUTA QUE PARIU DIMAS!
osh, isso nao existe nao...!
EU VOU AI TE MATAR!
eu tambem nao sei o que dizer, voce se supera. faço minhas as palavras do seu amigo aí de cima,
oush.
Isso merece ser publicado de outra forma, MEU DEUS, o mundo precisa saber! AGORA
Quando leio textos vejo imagens, sinto cheiros, ouço sons de coisas, músicas. Fui lendo esse texto e da metade pro final comecei a ouvir Down Em Mim, do Cazuza.
Porq será que os espelhos insistem em refletir dessa forma?
Parabéns Dimas.
êeeehh Diminhas, na prosa ou no verso, sempre bom nos detalhes heim. Menino minimalista, digamos assim.
volto e... CHABU!
POSTE!
Sim... lembrei agora do movimento Jô Soares, até agora ainda não tivemos noticias, mas contiuamos na luta. aehuaeuaehea
:D
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