Monday, October 20, 2008

Alvorado


"Nem percebi o passar das horas até a alvorada incendiar o silêncio do meu quarto, invadindo a seda crua rubra empoeirada e refletindo-a em minha palidez. Minha face já desfigurada. Meu corpo inerte transpirava a agonia recente da noite em claro. Eu era todo vestido em panos sujos - mais limpos que eu mesmo, em meus mais gloriosos dias. Era oco e opaco, ser livre encarcerado. A infâmia acompanhava-me, zelosa e guiante, incessante. Diante dos meus olhos, um espelho estilhaçado, e cada um de seus fragmentos espelhava um fracasso meu diferente, os quais eu nunca conquistei..."

(Dimas Gomes)

7 Comments:

Blogger Dudu said...

Eu fico sem ter até o que comentar. Pq sempre são textos que me surpreendem.

Comentário: SEM PALAVRAS.


Abraço.

10:45 AM  
Blogger Loredana said...

PUTA QUE PARIU DIMAS!
osh, isso nao existe nao...!


EU VOU AI TE MATAR!

eu tambem nao sei o que dizer, voce se supera. faço minhas as palavras do seu amigo aí de cima,

oush.

12:23 PM  
Blogger Loredana said...

Isso merece ser publicado de outra forma, MEU DEUS, o mundo precisa saber! AGORA

12:26 PM  
Blogger Ary Régis said...

Quando leio textos vejo imagens, sinto cheiros, ouço sons de coisas, músicas. Fui lendo esse texto e da metade pro final comecei a ouvir Down Em Mim, do Cazuza.

Porq será que os espelhos insistem em refletir dessa forma?


Parabéns Dimas.

7:41 PM  
Blogger Heber said...

êeeehh Diminhas, na prosa ou no verso, sempre bom nos detalhes heim. Menino minimalista, digamos assim.

1:55 PM  
Blogger Loredana said...

volto e... CHABU!


POSTE!

2:31 PM  
Blogger Dudu said...

Sim... lembrei agora do movimento Jô Soares, até agora ainda não tivemos noticias, mas contiuamos na luta. aehuaeuaehea
:D

6:55 PM  

Post a Comment

<< Home