Eis o delírio dos sóbrios, a ruína dos magnatas. Cortai o pulso do mavioso, e deglutirás a mordaz filaúcia. Extirpa o coração dos benévolos, e ainda assim, sangrarás em usura. Na candura das virgens, a fealdade dos demônios. O sublime prazer da criança, ignorância. Olhai os vales do passado, e verás somente o negrume rutilante. Orai ao esquizofrênico, e te assemelharás. Do dédalo da eternidade e do receio, somos prisioneiros. Na balbúrdia do sofrimento, gritarás ao silêncio, e hei sido criado o infinito eco. Bradaste a todo o universo nosso conformado desespero. E Deus, em ilibada onisciência, zomba, em condolência, de nossas angústias. Orai a ti mesmo, e terás ao menos a certeza da incerteza. Orai ao Diabo, e verás a graça em tanta penúria e desgraça, ao menos. Somos o pus dos vermes, os dejetos dos merdívoros. Somos a carnificina das partículas de nada. Somos o fim e o início de um misterioso tipo de inconstante constância.
(Dimas Gomes)
Destilando umas pitadas de pessimismo, mas sem perder a meiguice. x)
(Dimas Gomes)
Destilando umas pitadas de pessimismo, mas sem perder a meiguice. x)
2 Comments:
Dimããããããos! eu achei isso muito sombrio, macabro! Prefiro manter meu pensamento um pouco distante, já basta de pensamentos negativos, prefiro viver iludido! Na ignorância da minha visão de criança =)
Um abraço bem grande, adoro você.
eh um danado!
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